domingo, 2 de agosto de 2009

20 anos sem Luiz Gonzaga ...


Neste domingo, completa-se 20 anos que sua sanfona de 120 baixos parou de funcionar. Luiz Gonzaga morreu às 5h20 de 2 de agosto de 1989, no Recife, vítima das complicações de um câncer na próstata. O cantor tinha 76 anos e mesmo doente ainda gravou três discos naquele ano e fez seu último show pouco tempo antes da morte. Por causa do artista, a sanfona, um instrumento de origem européia, virou símbolo da cultura nordestina. Gonzagão ainda foi referência para inúmeros artistas que desembarcaram no Sul. Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Fagner... Para não falar em Dominguinhos e Elba Ramalho. Todos louvam o Rei do Baião.


Luiz Gonzaga nasceu no Exu, cidade do sertão pernambucano, quase na divisa com o Ceará. Filho de sanfoneiro, desde pequeno se destacou com o instrumento, animando bailes e festejos juninos na região. Após passar nove anos no Exército como cabo corneteiro, começou carreira artística tocando na zona boêmia do Rio de Janeiro.

Pouca gente sabe, mas o cantor responsável por divulgar a cultura nordestina no Sudeste começou por outro lado. No início de carreira, Gonzaga tocava polcas, mazurcas, valsas e o foxtrot, numa época de profunda influência da música americana. Além disso, era impedida pela gravadora, a RCA, de cantar. Após uma canção de Gonzaga fazer sucesso na voz de outro artista, a empresa percebeu o erro. O artista também passou a assumir um figurino misto de vaqueiro com cangaceiro. Em 1946 lançou “No meu pé de serra”: sucesso imediato. No ano seguinte veio a consagração. A canção “Asa Branca”, feita em parceria com o médico cearense Humberto Teixeira, estourou nas paradas e o cantor passou a ser reconhecido nacionalmente.

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