São mais de 300 músicas, todas falando de amor, paixão, tocando o coração dos românticos. Esse currículo invejável é de uma das maiores compositoras de forró do Brasil.
A compositora, hoje também brilhando nos palcos como cantora, até que relutou em seguir a carreira, mas o sangue de músicos na veia – seu pai era sanfoneiro – terminou falando mais alto. Não demorou muito e Rita de Cássia começou a cantar seus sucessos na banda Som do Norte, de propriedade de seu irmão, Redondo.
“Desde cedo eu já fazia minhas canções, mas não imaginava que tivesse projeção, apesar de quando as pessoas me perguntavam o que eu queria ser, dizia que queria ser cantora. Na época existiam poucas cantoras de forró, foi quando comecei incluir meu trabalho de compositora, mas nem diziam que as músicas eram minhas. As músicas começaram a se espalhar. As outras bandas começaram a aprender sem saber de quem era”, relatou a cantora.
O responsável por projetar o nome de Rita de Cássia para o mundo foi o empresário Manoel Gurgel, proprietário do Forró Mastruz com Leite. O empresário chegou a convidá-la para entrar na banda e gravar um de seus primeiros sucessos, “Meu Vaqueiro, meu Peão”. Música que lançou a banda Mastruz com Leite no Brasil.
Após 20 anos com a Somzoom e a Som do Norte, a cantora e compositora resolveu criar sua própria banda, a Forró Poesia, onde se dedica exclusivamente a cantar seus grandes sucessos, imortalizados por outras bandas.
“Um sucesso que tocou foi Brilho da Lua, com a Eliane, mas o bom foi mesmo - meu vaqueiro meu peão. Com essa música, o Mastruz conseguiu fazer com que surgissem as outras bandas. As bandas que tem hoje se devem ao Mastruz. Eu fico muito feliz em saber que muitos compositores começaram devido ao meu estilo”, fala emocionada Rita de Cássia.
Besteirol
Com vários CDS gravados, cinco deles acústicos, Rita de Cássia condena o que ela chama de: forró besteirol. A compositora acredita que a safra de letras ruins vai passar e o bom forró de antigamente vai voltar.
“Isso me preocupa, porque o forró de certo modo já foi muito discriminado, ai quando tem este tipo de coisa, prejudica. As pessoas perguntam: isso aí é que é forró? O pior é que muito forte na mídia, chega a tocar mais do que aquilo que é bom.
Isso me preocupa muito, mas eu acredito que com a mudança dos tempos isso vai acabar. As pessoas estão sentido a necessidade de coisas melhores, basta ver que o forró das antigas esta começando a voltar. As pessoas sentem saudade do bom forró. As coisas ruins passam”, comentou.
Noticia publicada no site acesse em 24/04/2009
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