terça-feira, 23 de março de 2010

Uma trajetória digna de filme: conheça a historia de vida de Isaias Cds.

Isaías Duarte, mais conhecido no meio do forró como Isaías CD. Sempre com as malas prontas para acompanhar, nas viagens, suas seis bandas (Aviões do Forró, Solteirões do Forró, Forró dos Plays, Forró do Muido, Forró do Bom e Balancear), ele reconhece que passa pouco tempo em casa.

Quando não está viajando, Isaías provavelmente estará no escritório da A3 Entretenimento - empresa da qual é sócio ao lado de Carlos Aristides e André Camurça. "Dividimos o trabalho. Eu fico com a divulgação das bandas. Por isso, viajo muito", diz.

Trabalho não falta. Afinal, é da A3 Entretenimento o império do forró. Além das bandas, eles são donos de seis casas de shows - Forró no Sítio, Kangalha, Curral do Boi, G4, Hangar e Danadim. "É muita coisa. Temos que administrar tudo isso, gravação de CDs, a rotina das bandas.

São mais de 800 funcionários diretos. Sem contar com os empregos indiretos", informa.

Quem vê tudo o que Isaías conquistou nem imagina que há sete anos, ele era apenas o zelador de uma empresa que agenciava bandas de forró. Hoje, dono, garante que não esquece suas origens e mantém o pé no chão.

"Fui zelador em uma granja, lavei ônibus das bandas de forró, vendi CDs, depois fui representante das bandas até chegar onde estou. Vim com 11 anos de Santa Quitéria para Fortaleza e cheguei a dormir no carro de uma mulher para quem eu vendia pastel. As condições mudaram para mim. Nem imaginava que chegaria a isso. Eu sonhava com uma bicicleta", conta.

Com uma trajetória digna de filme, Isaías prova que para ter sucesso é necessário sintonia com o que faz e muita dedicação. "Sempre gostei de forró. Escuto desde os cinco anos. Criei os nomes, descobri as bandas. Ia a muitas festas, mesmo quando não tinha dinheiro. Pulei muito o muro (risos) das casas de show. Hoje, quando tô de folga, escuto forró e vou pras festas de forró, não tem jeito".

Entre suas grandes alegrias está o fato de ter colocado o Aviões no Forró como a número um do segmento. E mesmo quem não gosta do estilo reconhece que foi a banda cearense que alcançou feitos, como ser a primeira representante do forró a tocar em uma micareta e a ter um bloco no Carnaval de Salvador.

"Acho que derrubamos muitos preconceitos graças ao nosso trabalho. O forró ganhou outra categoria. Só não tem mais força ainda porque quem trabalha na nossa área é muito desunido", reclama.

Fonte: caderno zoeira/Diário do Nordeste


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